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  • Foto do escritorSOS Ribeirão Sobradinho

Placas de sinalização são colocadas ao longo do ribeirão



Vitória para o Ribeirão Sobradinho! Após diversas articulações, 10 placas de sinalização são colocadas às margens das águas e da rodovia para informar à população dos riscos da utilização. Atualmente, o ribeirão é considerado impróprio para banho e consumo humano, porém, muitas pessoas não sabem disso e, em alguns pontos, se refrescam nas águas. Ao longo de vários meses, o SOS Ribeirão Sobradinho vem reivindicando dos órgãos competentes a sinalização desses locais. Depois de muitas negociações, o pedido finalmente foi atendido, em fevereiro. Foi a partir das trilhas realizadas em 2019 pelo SOS, que foi possível observar pessoas entrando nas águas e até lixos de possível usufruto do local. Então, preocupado com o bem-estar de todos, o SOS teve que se articular para deixar claro o perigo. “Encaminhamos uma solicitação ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Paranaíba (CBH) pedindo anuência para instalação de placas indicando a classificação do rio e suas condicionantes”, conta o membro do SOS e servidor público da Adasa, Cláudio Odilon.


Após articulações do CBH com a Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), o pedido de confecção e instalação foi aceito e cumprido pelo DER/DF. Então, em fevereiro, 10 placas estavam sendo colocadas ao longo do Ribeirão Sobradinho.

Para o presidente do CBH, Ricardo Minoti, a parceria do SOS com o comitê é necessária para gerar bons resultados ao meio ambiente. “O CBH tem participado de todas as reuniões em que é chamado para se posicionar frente à necessidade de melhoria das condições atuais do ribeirão e, também, para fazer esclarecimentos à sociedade sobre as questões relacionadas à gestão de recursos hídricos”, ressaltou.

Sinalização como um bem à saúde Foram fixadas dois tipos de placas, como explica Cláudio Odilon. “Algumas são de educação ambiental, ressaltando a importância da preservação. E outras de alerta de que as águas são impróprias para uso. Agora, as pessoas podem até continuarem utilizando o ribeirão naqueles pontos, porém, foram avisados de que ele é inapropriado”, acrescenta. Para outro membro do SOS, que alertava constantemente para o uso das águas, José Leitão, a instalação das placas é um benefício para a saúde dos moradores da região. “Com a sinalização, a Adasa alerta a população para os riscos à saúde, pois um simples banho nas águas pode causar coceiras, caroços, entre outros”, diz.


Leitão ainda alerta para a não contaminação das águas. "Se os níveis de poluição aumentarem, se não mudarmos nossas atitudes e comportamentos, se não buscarmos novas soluções e tecnologias, vamos evoluir muito rapidamente para a Classe IV, o que significará 'morto' e 'mortal' para quem fizer uso dessas águas", completa o mestre em engenharia ambiental.


Mesmo com a reivindicação para a instalação das placas ao longo do ribeirão, o desejo maior do SOS é que essas águas possam, em um futuro próximo, serem utilizadas para o lazer. "Sonhamos com uma placa assim: 'Adasa informa - Ribeirão Sobradinho - Classe Especial - Venham se refrescar' ", acrescenta José Leitão.

O CBH também já está se movimentando para ajudar mais ainda a recuperação desse corpo d’água, como revela o também professor da UnB Ricardo Minoti. “Na 21ª Reunião Ordinária do CBH, realizada em 22 de abril de 2020, foi decidida a formação de um Grupo de Trabalho, no âmbito da Câmara Técnica do CBH, para discussão do Projeto de Recuperação do Ribeirão Sobradinho e de toda a sua bacia hidrográfica”, conclui. Texto: Neyrilene Costa Fotos: Cláudio Odilon

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