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Foto do escritorSOS Ribeirão Sobradinho

SOS participa de audiência pública sobre educação ambiental



O Movimento SOS Ribeirão participou, na última quarta-feira (11/11), de uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O tema de discussão foi a implantação de um projeto de Educação Ecológica Integral para as escolas públicas do Distrito Federal. O debate foi organizado pelo Gabinete do deputado Distrital João Cardoso (Avante) e foi embasado nos textos dos capítulos IV e V da Carta Encíclica Laudato Si do Papa Francisco, documento que aborda sobre os perigos da degradação da natureza.


O presidente do SOS, Raimundo Barbosa, que esteve presente na reunião, ressaltou a importância da educação ambiental. “O SOS já atua com educação ambiental para implantar uma gestão sustentável dos recursos hídricos. Uma das ações é a parceria com escolas públicas para o reflorestamento de áreas degradadas às margens Ribeirão Sobradinho. Inclusive, a ideia do movimento é deixar esse legado para as gerações futuras”, destaca.


Na audiência, a discussão foi feita em três blocos que abordaram contextos da carta:


1º Bloco: O que é Educação Ecológica Integral, baseado no item 138 da Encíclica que diz “A ecologia estuda as relações entre os organismos vivos e o meio ambiente onde se desenvolvem. E isto exige sentar-se a pensar e discutir acerca das condições de vida e de sobrevivência duma sociedade, com a honestidade de pôr em questão modelos de desenvolvimento, produção e consumo...”. Esse bloco foi apresentado pelo padre Thierry, da Comissão de Justiça e Paz da CNBB e pelo sr. João Paulo, advogado da Mitra.


2º Bloco: Ecologia ambiental, econômica e social. Baseado no item 139. “É fundamental buscar soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais. Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental. As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza...”. Já este bloco foi apresentado pela professora Isabel Belloni Schmidt do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e pelo Sr. Marcos Paredes representante do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).


3º Bloco: Políticas Públicas para implementar uma Educação Ecológica Integral. Baseado no item 196. “Qual é o lugar da política? Recordemos o princípio da subsidiariedade, que dá liberdade para o desenvolvimento das capacidades presentes a todos os níveis, mas simultaneamente exige mais responsabilidade pelo bem comum a quem tem mais poder. É verdade que, hoje, alguns setores econômicos exercem mais poder do que os próprios Estados, mas não se pode justificar uma economia sem política, porque seria incapaz de promover outra lógica para governar os vários aspectos da crise atual...”. O bloco foi apresentado por Isadora Lobão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA) e pelo professor Raimundo Barbosa.


Conheça mais a carta:


No quarto capítulo, temos um admirável convite para o entendimento e a incorporação de “uma ecologia integral”, assim, elucida os princípios da ecologia ambiental, social, cultural, econômica e da vida cotidiana, para articular o princípio do bem comum. Dessa forma, propõe uma ecologia que, nas suas várias dimensões, integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o rodeia. Ao propor um diálogo sobre o meio ambiente e as políticas internacionais e nacionais, a fim de que possamos entender a necessidade da transparência nos processos decisórios.


A encíclica mostra, no quinto capítulo, “algumas linhas de orientação e ação”, ao dizer, por exemplo, que o estudo de impacto ambiental para viabilizar os empreendimentos deve ser elaborado de forma interdisciplinar, transparente e independente e, por isso deveríamos participar dessas decisões e perguntar sempre: Para que fim? Por qual motivo? Onde? Quando? De que maneira? A quem ajuda? Quais são os riscos? A que preço? Quem paga as despesas e como o fará? Ao final do capítulo, o Papa Francisco articula as bases que são necessárias para o diálogo entre religiões e ciências.


Os capítulos IV e V da Carta Encíclica podem ser baixados aqui. Ou para quem tiver interesse em obter o livro físico disponibilizo abaixo os dados bibliográficos:


IGREJA CATÓLICA. Papa (2013 -:Francisco). Carta Encíclica Laudato Si: sobre o cuidado da casa comum. São Paulo: Paulinas,2015.


A discussão não está encerrada e novas virão para que um projeto de lei seja feito sobre a implementação da Educação Ecológica Integral.


Comunicação SOS

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