Uma trilha animada e cheia de novidades, assim foi a III trilha de sensibilização ambiental do SOS Ribeirão Sobradinho, que ocorreu em 27 de outubro. O ponto de encontro foi o Restaurante Rural do Condomínio Mansões Entre Lagos, no Itapoã, Distrito Federal, a caminhada contou com a presença de grupos ambientais, alunos, professores e da população em geral.
Caminhar é sempre bom e fica melhor ainda quando se faz isso em meio ao Cerrado. A trilha é de 1,5km e as pessoas puderam fazer pausas em três cachoeiras. Em cada uma delas, o colaborador do SOS José Leitão fazia perguntas para fazer com que as pessoas pensassem o que estavam fazendo ali: “Para que serve o Ribeirão Sobradinho?", "A quem interessa a revitalização do Ribeirão? e "O que eu posso fazer para colaborar com essa revitalização?". Tais perguntas, afirma Leitão, foram estímulos à reflexão coletiva.
Cuidar desde cedo!
A trilha do dia 27 de outubro contou com uma participação especial, a dos estudantes do 2° ano do Centro Educacional 03 de Sobradinho, os adolescentes ficaram empolgados com a atividade extraclasse. “Essa é a primeira vez que trazemos os alunos aqui. E vejo a importância disso, pois é essa geração que ficará para cuidar das coisas do futuro, então, é melhor que aprendam desde cedo. E também foi para eles um momento de descobertas sobre o Cerrado que é tão rico”, diz o professor de artes, Ediney Félix dos Santos.
A jovem Gabriela Souza Fernandes, de 16 anos, seguia a trilha na frente, sempre prestando atenção a todos os detalhes. “Eu gostei muito de conhecer o projeto e também desse negócio de cuidar da natureza. Na trilha tem muitas coisas bonitas e que ninguém valoriza, porque não conhece”, percebe a estudante.
João Urcino, de 18 anos, gostou da atividade de sair da sala de aula mesmo que em um domingo. “Vamos ter uma feira de ciência no colégio e vamos falar do Ribeirão Sobradinho que está poluído. Eu conheci o projeto agora e é importante mostrar as coisas que têm aqui e não em outro lugar. E também dizer que não podemos ficar aqui e se refrescar nesse lugar bonito, então, temos que ajudar a cuidar do ambiente”, analisa o estudante.
Já o aluno Iago Roberto, de 17 anos, ficou a contemplar, pensativo, a beleza das cachoeiras. “Eu acho uma verdadeira tragédia só olhar e não poder entrar. E não é só os seres humanos que sofrem com isso, os animais também se prejudicam. Aqui é como se fosse um quadro de arte, em que a gente pode ver, mas não tocar”, lamentou o menino.
Texto e fotos: Neyrilene Costa
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